Berlim, versão canina


Eu gosto de Berlim. E uma coisa que deve funcionar bem no meu inconsciente é o facto desta poder ser considerada uma cidade que ama cães. E a Rita ama quem ama cães. Certo?
Por exemplo, ontem fui alegremente recebida num bar por 3 cães (todos rafeiros por sinal), um grande e pachorrento que não estava nem aí para ninguém, outro de estrutura média, sempre atento à porta, e a observar o que se passava no exterior, e um pequenino e simpático que me pareceu ser o host do sítio. Mal nos sentámos veio, não muito discretamente, para o nosso colo, deu os seus cumprimentos à cão e passado uns 3 minutinhos voltou a passear-se pelo bar.
Por aqui os cães são bem recebidos em qualquer lado desde que bem educadinhos. Dormem elegantemente dentro dos restaurantes ao lado dos seus donos, passeiam-se com eles pela rua correndo de língua de fora ao lado das suas bicicletas tentando acompanhá-los ( sim! porque cão que é cão persegue sempre o seu adorado dono!). E são variadas espécimes, atenção:

1. Rafeiros acompanhando os seus donos punks
2. Cãezinhos de 20cm com as suas donas coquetes
3. Horrendos pitbulls com os seus mitras
4. Belos rotweillers normalmente acompanhados por um alemão de meia-idade com barriga de cerveja, barba grisalha e tatuagens (aqueles que nunca esquecerão aquele concerto dos Scorpions na concentração motard de Faro!)
5. E pastores belgas/Lindos Setters ( assim estas raças superiores ) com os seus saudáveis e atléticos reformados a dar longos passeios ao longo do canal em Paul Lincke Ufer

Isto para a Sacha ía ser como um harém.....


1 comment:

Anonymous said...

Belo texto. Admirável poder de observação. Excelente capacidade de síntese. Adoro "os Scorpions e os motards". João B.